quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desfile Virtual de Moda

Em uma produção independente, os alunos de uma faculdade de moda lançam-se ao mercado apresentando uma coleção conceitual de calças em um desfile virtual com transmissão ao vivo pela Internet.

Ao todo, 20 alunos tiveram liberdade para criar seus modelos sem se preocupar com o mercado de consumo, elaborando uma coleção de calças conceituais inspiradas no filme Avatar, alcançando um resultado surpreendente.

Tendo metade do curso realizado, os alunos ainda estão em fase de amadurecimento, sendo esta a primeira vez em que produzem utilizando couro e tecidos plissados.



Voce está especialmente convidado a assistir a este evento via on line pelo site:

WWW.atendewebtv.com.br/?desfile

Dia 25 de junho de 2010.

Hora 20:30 Hs

domingo, 20 de junho de 2010

Dunga na Copa....





Look Dunga no primeiro jogo da Copa....
Alexandre H. da coleção de 2006...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Passadinha pelo SPFW

Segunda feira fui ao SPFW ver alguns desfiles e reencontrar amigos produtores...
A bienal estava, como sempre, linda...

A visita me rendeu ainda uma foto em um blog de moda....

http://www.liliancamilacosta-modaemcasa.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gisele volta as passarelas



Após gravidez, Gisele retorna as passarelas no penúltimo dia de desfiles da SPFW

Tema: Ilusionismo pop
Tecidos: Jeans
Formas: Shapes dos anos 60
Cores: Cartela que remete aos anos 90
Estilo: Jessica Lengyel
Styling: Flavia Pommianoski e Davi Ramo
Cenografia: PR Com
Diretor de desfile: Ruy Furtado
Beleza: Daniel Hernandez
Trilha sonora: DJ Zé Pedro

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ellus - Verão 2011



Ficha técnica

Tema/inspiração: Landscape: praia, universo havaiano e marinheiro
Tecidos: Jeans, cambraia de algodão, crepe de algodão amassado, linho de fio tinto e tecnológicos com metal e couro de cabra (desfile masculino). Jeans, cetim duchesse, musseline, organza de seda, voil de algodão, couro, tricô com fitas refletivas (desfile feminino).
Formas: Calças com modelagem ampla nas pernas, camisas e jaquetas jeans mais ajustadas (desfile masculino). Jeans com modelagens justas, micro shorts, vestidos, camisas e jaquetas curtas (desfile feminino)
Cores: Cáqui, azuis, amarelo, laranja e rosa (desfile masculino). Azuis índigo, nude, marinho, off-white e estampas multicoloridas (desfile feminino)
Estampas: Florais em estilo havaiano, mini florais, xadrezes coloridos
Equipe de estilo: Adriana Bozon (direção de criação), Fabio Andreoni, Rodolfo Souza, Camila Zoldan, Cristina Lobo, Fatima de La Noce, Flavia Cunha e Marina Sasseron
Direção do desfile: Roberta Marzolla
Styling: Maurício Ianês (desfile masculino) e Letícia Toniazzo (desfile feminino)
Cenografia: Marton e Marton
Iluminação: Maneco Quinderé
Beleza: Robert Estevão (cabelo) e Nadine Luke para M.A.C (make)

Numa marca que oferece moda masculina e feminina, geralmente os homens não têm vez: é nas mulheres que se concentram os looks mais elaborados, caprichados, bonitos e/ou inovadores. No caso da Ellus, aconteceu o contrário. Com boa seleção de jeans, na maioria mais claros, com cavalo baixo, calças cáqui, xadrezes vivos e um bonito floral aberto, forte, inspirado na estampa havaiana, a linha masculina trouxe nos detalhes militares e combinações de estampa e cores moda usável e com um charme a mais. Já para as mulheres, o verão da Ellus não oferece muito: looks total jeans com peças com recortes infelizes, acabamentos gastos que não enchem os olhos, com exceção dos bons jeans justos de cintura mais alta. Muitas propostas ao mesmo tempo, couro furadinho que parece de má qualidade. Destaque apenas para a última parte, em marinho, que poderia ter sido desenvolvida e, numa coleção completa, aí sim nocautear o masculino, como é de costume. Outra boa imagem do desfile foi o cenário.

Reserva Verão 2011




Ficha Técnica
Inspiração: A personalidade de Jay Adams - o mais incendiário dos z-boys californianos - e o streetwear da década de 70
Formas: "Dolphin short", jaquetas, calças e bermudas
Cores: Azul turquesa, marinho, preto, amarelo, laranja e vermelho
Tecidos: Nylon, tricô feito com tramas de neoprene, jeans
Estampa: Destaque para o "Leopardo", a "Prancha e a "Flor”
Equipe de Estilo: Rony Meisler (direção criativa), Jade MacNee, Sergio Barbosa, Tiago Mafra, Evelyn Noel, Mauricio Sepulveda e Rodrigo Curi (estilo)
Stylist: Felipe Veloso
Beleza: Max Weber
Trilha Sonora: Jackson Araújo
Cenografia: Wan Vieira (direção cênica)

Onça em moda masculina? Sim, o homem da Reserva é seguro o suficiente para rir de si mesmo, brincar com a roupa e ficar muito sexy e viril. Não só com a estampa de bicho no tênis iate, na regata ou na malha sem botão usada como um casaquinho, aberta, mas também com as ótimas calças ajustadas até a coxa, depois mais largas abaixo do joelho, numa releitura da boca de sino. As costuras formando recortes davam bossa a estas peças, desfiladas em tons fortes de vermelho e turquesa. Os shorts de corrida, curtíssimos, foram usados com blusas de tricô listradas bonitas. Moda bem-humorada e despretensiosa, mas boa moda.

Herchcovitch feminino Verão 2011



Ficha técnica
Inspiração: Expressionismo abstrato norte-americano com ênfase em Mark Rothko e Barnett Newman. New age, futurismo, action painting
Formas: Versões caídas de mangas bufantes em vários tamanhos, mangas recortadas. Vestidos retos e curtos com volume nos ombros. Pregueados nas costas provocando efeito de "leque aberto". Calças justas e curtas
Cores: Turquesa, vermelho, pink, verde menta, preto, laranja e tom de pele
Estampas: Quadriculado feito a partir de costuras no tecido
Equipe de Estilo: Alexandre Herchcovitch, Antônio Gomes e Stella Sunaga
Styling e edição: Maurício Ianês
Direção de desfile: Roberta Marzolla
Beleza: Celso Kamura
Trilha sonora: Max Blum

Uma tela colorida nem sempre é sinônimo de felicidade. Assim se pode pensar da melancolia bonita (e às vezes angustiante) dos quadros de Mark Rothko, um dos expoentes do expressionismo abstrato e importante artista do século 20. Na sua coleção para o Verão 2011, Alexandre Herchcovitch mostrou como um vestido de tom vibrante pode ficar triste, ainda que bonito, com suas mangas numa versão bufante caída, pregas abrindo em leque puxando costas de vestidos também para baixo. Outros artistas inspiraram o estilista como o americano Barnett Newman (da mesma escola de Rothko) e representantes da “action painting“. Neste último caso, respingos na linha Pollock em versão aquarelada estamparam vestidos de uma maneira mais literal.

Osklen Verão 2011




Ficha Técnica
Inspiração: Um mergulho no azul
Cor: Azul
Tecidos: Malha de algodão, algodão orgânico, tricôs construídos em malha cortada a fio, tule de seda e organza de seda
Acabamentos e tingimentos: Resinados, em gel, corte a laser, devore, corrosão e sobretingimento. Técnicas variadas industriais e artesanais de tingimento
Estilo: Oskar Metsavaht
Cenografia e direção do desfile: Zee Nunes
Iluminação: Tato
Stylist: Pedro Sales
Beleza: Nadine Luke para M.A.C (maquiagem) e Robert Estevão (cabelo)
Trilha Sonora: Mangajingle
Cenografia: OM.art


Com a malha de algodão como base da coleção e volumes mais comedidos, a coleção da Osklen deve chegar completa – é o que se espera – às lojas para o próximo Verão 2011. Bonitas opções para mulheres nos vestidos em malha fina e blusê com o corpo todo franzido. Para dar importância de moda às peças as partes de cima são trabalhadas, em espacial as golas. Detaque para texturas criadas a partir de trançados e do paetê feito com base de algodão resinado.

Triton fecha 2º dia de desfiles com Paris Hilton



Ficha técnica

Tema/inspiração: "Evening Party da Triton"
Formas: comprimentos curtos, espartilho, calça modelo "501" camisas com corte quadrado
Tecidos: renda guipir, laise, organza, bordado de paetê
Cores: Off white, cru
Estampas: listrada tie dye, degradê, unicórnio, patchwork
Estilo: Karen Fuke
Direção do desfile: Ruy Furtado
Styling: Daniel Ueda
Beleza: Robert Stevão
Trilha sonora: Max Blum
Cenário: FCR Arte - Rossi
Iluminção: Maneco Quinderé

Nota da editora: Esqueça a primeira parte da coleção, em branco, com rendas que não funcionaram e modelagem idem. O forte da Triton são os vestidos mais adiante, com saias godês ou em camadas grandes de babado, cintura marcada ou mais baixa, como o bonito vestido-camiseta em cima e com saia de babado embaixo, em tom de pele. Com tantas imagens de princesas juvenis, estranha a escolha de Paris Hilton - a melhor garota-propaganda da cerveja Devassa - encabeçando a mulher que as meninas quase adolescentes da Triton devem ter como modelo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cia. Marítima - Verão 2011



Ficha Técnica
Inspiração: O Marrocos e a socialite Thalita Getty, ícone de moda dos anos 60 e musa de Yves Saint Laurent
Formas: Top cortininha com bojo interno, tomara-que-caia com bojo rígido, tanga bem pequena na parte de trás, harem pants e caftans; maxi-vestidos, túnicas e batas
Cores: amarronzados, dourado
Tecidos: GEL, com textura fina e brilhante e denim
Equipe de Estilo: Benny Rosset (direção geral), Fabiana Kherlakian (criação) e Mariana Adans e Patrizia Simonelli (estilo)
Stylist: Juliano Pessoa e Zuel Ferreira
Beleza: Saulo Fonseca (Molinos Trein)
Trilha Sonora: Rosana Rodini
Cenografia: Daniela Thomas e Felipe Tassara


Nota da UOL: A Cia. Marítima fechou mal o primeiro dia de desfiles do SPFW. A inspiração no Marrocos, que poderia trazer ricas estampas inspiradas em mosaicos, cartela de cores com tantas possibilidades, adaptadas ao gosto da moda praia sofisticada que a marca parece querer oferecer, ficou no cenário do desfile, e olhe lá. Algumas moedinhas balançando num biquíni aqui, um dourado ali, tons terrosos (do deserto?) acolá, e ficou nisso. Os tons terrosos, aliás, poderiam compor combinações mais sofisticadas. Muitos franzidos sem propósito, calças bufantes que não favoreceram nem as modelos. Já a referência a Thalita Getty foi incorporada em uma versão estereotipada do que seria uma socialite na praia, não com muita informação de moda.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SPFW Verão 2011 - Sopro, movimento, alma, Anima



Sopro, movimento, alma, Anima. A 29ª edição do São Paulo Fashion Week nasce regida por um tema amplo, mas de domínio popular no Brasil: celebrar a nossa ANIMA expressa na criatividade, no espírito festeiro e na nossa vocação de felicidade. Em termos técnicos, a Bienal foi transformada numa grande praça, com direito a floresta de cata-ventos e roda gigante.

No cenário, interferências gráficas vindas dos blocos afro de Salvador, na Bahia, e uma performance artística de Jum Nakao. Para explicar tudo melhor, o portal FFW conversou com Albino Papa, designer gráfico do time de Daniela Thomas e Felipe Tassara, os manda-chuvas por trás da cenografia da Bienal nesta edição do SPFW.

[Andre R.] diz:
Qual o tema desta edição?

Albino Papa diz:
Anima.

[Andre R.] diz:
Do latim?

Albino Papa diz:
Do latim…
Aquilo que dá animação.
Que movimenta e você não percebe…

[Andre R.] diz:
Anima é tipo alma então.

Albino Papa diz:
Acho que é, né?

[Andre R.] diz:
Faz todo o sentido, “aquilo que dá animação, que movimenta e você não percebe”. A alma é tipo isso.

Albino Papa diz:
A Dani [Thomas] disse que Anima também significa “sopro”.

[Andre R.] diz:
Hm…
Foi ideia dela? [o tema]
Ou do Paulo Borges?



Albino Papa diz:
Do Paulo.

[Andre R.] diz:
E a Dani gostou desde o início?

Albino Papa diz:
Sim! Eles até estiveram em Salvador, Bahia, e coisa e tal…

[Andre R.] diz:
Onde entra Salvador nesta equação?

Albino Papa diz:
Na verdade, em ano de Copa na África, o Paulo identificou em Salvador essa Anima… Ele acha que lá, em Salvador, a coisa é diferente…
Diferente do ritmo do paulistano, por exemplo….
Lá está essa coisa impalpável que é a raiz da animação do brasileiro.
Daí convidou a Dani e o Felipe [Tassara] pra pasarem alguns dias lá e entenderem como funciona essa coisa.
E eles foram.

[Andre R.] diz:
E voltaram transformados?

Albino Papa diz:
E trouxeram as cores dos 4 blocos afro que estão representadas nas paredes da Bienal (Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Museu do Ritmo e Timbalada).

[Andre R.] diz:
Entao no fim das contas vai ter Salvador na cenografia.

Albino Papa diz:
Vai.



[Andre R.] diz:
Só nesses blocos de cores, ou algo mais do je ne sais quoi soteropolitano?

Albino Papa diz:
As paredes, principalmente do segundo andar, são mega complexas (Ilê-Aiyê e Cortejo Afro).
Contam histórias.
Os desenhos do Alberto Pitta (Cortejo) lembram desenhos rupestres, são lindos.
A parede oposta tem uns desenhos de inspiração naif (é assim mesmo) de um artista que chama Mundão.
Lindo, lindo, lindo!

As padronagens inspiradas nos blocos de Salvador também fazem parte da cenografia nesta edição do SPFW ©Priscilla Vilariño/FFW

[Andre R.] diz:
Então não haverá exposições, mas tem a participação dos artistas na cenografia.

Albino Papa diz:
Exato!
Tem uma performance do Jum Nakao, que se chama “Vestígios Visíveis”.

[Andre R.] diz:
Que é aquele lance do botequim?

Albino Papa diz:
Exato. Eles montaram um botecão de periferia na área onde era o antigo Broadcast.
A partir do primeiro desfile, eles começam a revestir tudo com americano cru.
Copos, talheres garrafas e etc…
Vou te mandar detalhes por e-mail.

[Andre R.] diz:
Tem a coisa do papelão ainda?

Albino Papa diz:
Voltou.

[Andre R.] diz:
Voltou o e-mail ou o papelão?




Albino Papa diz:
Hahaha!
O e-mail.

[Andre R.] diz:
Manda no Gmail que é certeza.

Albino Papa diz:
O papelão não voltou.

[Andre R.] diz:
Então essas cores, essa coisa dos artistas, vai estar estampada em que tipo de superfície?

Albino Papa diz:
Nas paredes de madeira revestidas de lambe-lambe.

[Andre R.] diz:
O lambe-lambe é branco, só pra servir de canvas?

Albino Papa diz:
Exato.
Daí tem as instalações tipo a roda gigante no vão central da Bienal.

[Andre R.] diz:
Roda gigante! Sabe o tamanho dela?

Albino Papa diz:
Não exatamente, mas sei que cabem 16 pessoas.

A roda gigante que ocupa o vão central da Bienal na 29ª edição do SPFW ©Priscilla Vilariño/FFW


[Andre R.] diz:
E tem a floresta de cata-ventos.

Albino Papa diz:
Isso! Bem na entrada.

[Andre R.] diz:
Que são gigantes.

Albino Papa diz:
Onde ficava a floresta de ícones da edição passada [entrada em frente ao MAM-SP].

A floresta de cata-ventos na entrada principal do SPFW Verão 2011 ©Divulgação

[Andre R.] diz:
Apessoa quando entra é tipo a Alice no buraco do coelho.

Albino Papa diz:
Exato…
Hahaha! Exato!
E, obviamente, pra fazer essses cata-ventos gigantes se movimentarem foram espalhados uns ventiladores enormes.

[Andre R.] diz:
Tipo aqueles usados em sets de filmagens?

Albino Papa diz:
Não. São aqueles Ventisilva, sabe?
São lindos brancos, com cara de retrô.

[Andre R.] diz:
Sei!
E tudo fica girando numa profusão de sopro, movimento, alma, Anima!

Albino Papa diz:
Exato…
Tudo se movimenta.
Tudo se anima!

[Andre R.] diz:
E tem a coisa do azul… o que era a coisa do azul mesmo?

Albino Papa diz:
Ah, então… o cata-vento acabou virando a marca do evento.

[Andre R.] diz:
Como assim a marca?
A marca nao é SPFW?

Albino Papa diz:
Sim, mas sempre desenhamos uma logo, igual a etiqueta na edição “Linguagens”, a tatuagem de corações na “Passion”. Essa é um cata-vento que virou uma padronagem.

[Andre R.] diz:
Como é?

Albino Papa diz:
Ficou parecendo um azulejo do Athos Bulcão, que é a cara da arquitetura da Bienal, né?

[Andre R.] diz:
Foi vc quem criou essa padronagem?

Albino Papa diz:
Sim.

[Andre R.] diz:
E você se inspirou no trabalho do Athos ou a coisa fluiu e depois você viu que estava igual? Ou parecido?

Albino Papa diz:
Quando a Dani viu, percebeu que estava muito parecido… Simplesmente aconteceu.

[Andre R.] diz:
E essa logo aparece no evento de que forma (além da floresta de cata-ventos)?

Albino Papa diz:
No portal de entrada, já de cara. E na sala de imprensa tem uma parede com 1.000 cata-ventos, todos feitos à mão e aplicados manualmente. E, obviamente, na frente dessa parede tem uns ventiladores enormes rodando pra lá e pra cá pra movimentar os bichinhos.

Os milhares de cata-ventos feitos à mão e aplicados ao longo da sala de imprensa, onde ficarão concentrados os jornalistas de todos os cantos do Brasil e do mundo ©Priscilla Vilariño/FFW

[Andre R.] diz:
Vai ser uma experiência meio lúdica.

Albino Papa diz:
E cinética.

[Andre R.] diz:
Você tem Twitter?

Albino Papa diz:
@albinopapa

Forum abre SPFW



INSPIRAÇÃO: Geometria clean; anos 60, 90 e 2000 TECIDOS: Seda com relevo cloque; fibra lamê plastificada; fibra de papel FORMAS: Minissaias e vestidos curtos e no tornozelo, calças "cropped", bermudas e sobreposições CORES: Tom de pele, off white e marinho com laranja, roxo, pistache, rosa claro e turquesa ESTILO: Eduardo Pombal DIRETOR DE ARTE: Giovanni Bianco STYLIST: Patty Wilson BELEZA: Daniel Hernandez TRILHA SONORA: Wilson Chan LUZ: Maneco Quinderé DIREÇÃO DE DESFILE: Ruy Furtado

Rosa chá na SPFW



“A Rosa Chá permanece em São Paulo”. A decisão parece já ter sido tomada e vem do diretor executivo da grife, Ronaldo Mattos, em entrevista ao UOL Estilo, um dia antes de desfilar na edição para o Verão 2011 do São Paulo Fashion Week, que começa nesta quarta (9).

A declaração põe fim ao suspense gerado na semana passada, quando Paulo Borges anunciou, em coletiva de imprensa, que as marcas de moda praia do SPFW migrariam para o Fashion Rio a partir de junho do ano que vem. “Moda praia”, deixou bem claro o diretor dos dois eventos. “A Rosa Chá está mudando de uma marca de moda praia para uma marca de moda. Isso já acontecerá neste desfile”, esclarece Mattos.

Se haverá mais roupa ou biquíni na passarela, “dependerá da edição de Herchcovitch”, afirma o diretor executivo, sobre o estilista que assina sua terceira coleção para a Rosa Chá (a de estreia aconteceu só em NY). Nas lojas, porém, a divisão ficará em 40% da produção para biquínis e maiôs, 40% para roupas e 20% para lingeries. Recém-lançada, a linha de calcinhas e sutiãs já representa 14% das vendas da Rosa Chá.

A mudança de perfil inclui foco no segmento de luxo e a inauguração de novas lojas de 200 metros quadrados, com projeto assinado pelo arquiteto Arthur Casas. A primeira delas deve ser aberta entre julho e agosto próximos no Fashion Mall, no Rio de Janeiro. A seguinte, nos Jardins, em São Paulo.

Embora a Rosa Chá desfile em Nova York e já tenha se ausentado de passarelas brasileiras por quatro anos, Mattos garante que o alvo das apresentações internacionais é o mercado nacional. "Para a gente, o momento do desfile em Nova York coincide com o momento de chegada da coleção às lojas brasileiras. Serve como reforço de imagem, de mídia e de alavancagem de produto para os consumidores [do Brasil]", acredita.

Com 80% das vendas provenientes do Brasil e produção de 100 mil peças por ano, a grife espera aumentar em 50% o lucro na nova fase, ao oferecer, para o frio de Porto Alegre e para o calor de Salvador, opções de compra de moda.


Rio X Miami

Investir no amor do brasileiro pelo beachwear parece ser aposta certa. O país é, segundo a ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil), o que mais consome moda praia no mundo. Em 2009, movimentou 1,5 bilhão de dólares com a produção de peças para o segmento.

A estilista Paola Robba, cuja marca de moda praia que leva seu nome desfilará no próximo domingo (13), já chegou a exportar mais do que vender no Brasil. Há cerca de cinco anos, porém, começou a sentir as consequências da desvalorização do dólar. Hoje, não deixa de usar a principal ("e única", reitera) semana de moda praia do mundo, a de Miami, como vitrine para a sua grife Poko Pano, mais antiga (tem 22 anos) e comercial (95% das 200 mil peças produzidas por ano por Paola são da Poko Pano). Não abre mão, porém, do São Paulo Fashion Week, que acredita ter repercussão não só nacional mas internacional, para o lançamento de sua linha sofisticada. "Sempre que viajo encontro fotos dos meus desfiles em São Paulo publicados em revistas estrangeiras", diz.

Confirmada para desfilar no próximo Fashion Rio para o Verão 2012, Paola acredita que a semana carioca venha a ser complementar à de Miami, com outro estilo, o de divulgação do "lifestyle" brasileiro.

Criadora e designer da Movimento, Tininha da Fonte, que apresenta coleção na sexta (11) com exotismo e fauna exuberante inspirados no trabalho do fotógrafo Peter Beard, exporta para países como Austrália, Portugal e EUA, mas vende mais no Brasil, em especial no estado de São Paulo. A grife, criada há 28 anos em Recife, quer aumentar a média de 180 mil peças produzidas anualmente ao expandir os negócios para o Norte do país, onde hoje o alcance não é tão bom.

A estilista não desfila em Miami e ainda não sabe se mudará a apresentação de sua marca para o Rio. "Preciso ouvir a proposta para depois decidir."


terça-feira, 8 de junho de 2010

Semana de SPFW: Eventos de moda fora da Bienal

Com a aproximação de mais uma edição do São Paulo Fashion Week, que começa na quarta (9), os olhos fashionistas se voltam para os burburinhos relacionados a tudo que acontecerá no prédio da Bienal. O mundo da moda paralelo ao calendário de desfiles, no entanto, também promete se manter agitado nesta semana em São Paulo.

Além da ação Cinderela na loja de Christian Louboutin, o Dia dos Namorados será lembrado na Pop Up Store, com venda-relâmpago da marca sulista de moda masculina Vulgo, na terça (8), em meio a comes, bebes e correio elegante. No mesmo dia, na loja Micasa, acontecerá o lançamento da coleção Verão 2011 do estúdio de criação oNONO, do designer e DJ Ad Ferrera, que assinou estampas e trilhas sonoras de desfiles da Casa de Criadores.

Na quinta (10), o site de pesquisas de moda WGSN ministrará palestra sobre as tendências para o Inverno 2011/12 com o editor sênior Chris Colemann, de Londres, às 9h, no shopping Iguatemi. Mais tarde, às 20h, a loja norte-americana de streetwear Ecko Unltd. inaugurará sua primeira flagship store da América Latina, no shopping Morumbi.

Para os compradores e lojistas, será realizado até domingo (13) o Galeria Showroom, no Terraço Daslu, que apresenta as coleções Verão 2011 de 47 marcas de roupas e acessórios, como Ausländer, Corso Como, Filhas de Gaia, Francesca Romana Diana, Sarah Chofakian, Studio TMLS, Verve e Zeferino.


Serviço:

8 de junho

Vulgo @ Pop Up Store

Rua Oscar Freire, 512, Jarinds, São Paulo

18h



oNONO @ Micasa

Rua Estados Unidos, 2.109, Jardim América, São Paulo

20h



10 de junho

WGSN @ shopping Iguatemi

Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano

8h às 11h30 (entrada restrita a assinantes do WGSN)



Ecko Unltd. @ shopping Morumbi

Avenida Roque Petroni Júnior, 1.089, Morumbi

20h



até 13 de junho

Galeria Showroom @ Terraço Daslu

Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Olímpia

10h às 20h

Geração Young – Características e hábitos de consumo




Nesta sopinha de letras que fragmenta e dilui as gerações das últimas décadas, quem está chegando ao poder é a generation Y. Os jovens adultos dessa geração são, segundo a nomenclatura geracional, a geração pós-X.

Nos seus twenty something, são eles quem estão em destaque agora. Nascidos ao longo da década de 80, foram os adolescentes de 90 e hoje estão saindo dos cursos superiores, ingressando no mercado de trabalho e ocupando postos de destaque em grandes empresas.

Nasceram em uma época de prosperidade, consumo e entretenimento abundantes, dentro de famílias menores, com pais separados, menos irmãos, em um ambiente mais individualista e de maior concorrência.

Foram mais mimados pelos pais na infância, são considerados mais insubordinados, mas também mais conservadores. São inseguros sobre o seu futuro, porém mais exigentes, seletivos e bem informados que seus pais, são uma geração de individualistas colaborativos. Querem participar, mas não se filiam de forma estável a nenhuma bandeira ou ideologia de grupo. Colaboram, compartilham e estão em link constante com seus iguais: peer2peer.


Preocupados com a especialização e o sucesso profissional, postergam o casamento, vivem relacionamentos mais funcionais e querem viver de forma mais independente. Praticam o nomadismo, excursionam por segmentos e nichos – não são fiéis porque querem ter opção de escolha e mudança. Pesquisam, avaliam e querem tomar suas decisões conjuntamente com amigos e parceiros, mas são instáveis, ansiosos e muitas vezes não controlam as próprias emoções e ambições.

Se por um lado parecem mais materialistas e ligados em lifestyle &sef-image brands que as gerações anteriores, por outro lado formam uma geração mais consciente que não quer mudar o mundo, mas acredita que podem torná-lo menos desigual e injusto. Marcados pelos excessos e paradoxos, amam o hightech, são presenteístas e antenados com as novas tendências e tecnologias de ponta.





Querem ser iniciadores e experimentar as novidades. Entretanto, talvez por estarem exaustos da instabilidade e da efemeridade pontuais de tudo que vivem e sentem, são revivalistas e saudosistas mais cedo. Apreciam vivenciar estilos e memórias de gerações anteriores. Retrô-lovers e amantes das cool memories, do estilo old school e do vintage, transitam entre os escombros das décadas e os baús dos avós sem perder, nas interfaces e telas, os últimos lançamentos, estilos e tendências. Geeks mais descolados, interessados e usuários das tecnologias da informação, se interessam por tudo que é hiper digitalizado e virtual.

A geração Y cresceu no epicentro da revolução tecnológica da década de 90. Atualmente, são os jovens adolescentes do novo milênio. Foram jovens mais precocemente e hoje muitos já são jovens adultos que já se dizem cansados de ter experimentado muita coisa antes da hora, vivido e conhecido muita coisa. Aos twenty something muitos já se afirmam experientes, desacreditados nas relações e no amor, já pertenceram a várias tribos e comungaram várias “ideologias” e mantras.

Young Urban Profissionals, mais escolarizados e ambiciosos que seus antecessores, são marcadamente mais ansiosos e hiperativos, sofrem de distúrbios de atenção e consomem toneladas de informação por minuto.

Enquanto seus amigos mais velhos da generation X estiveram que esperar os 30-e-poucos anos para poder gastar com produtos e serviços mais sofisticados e valorizar o bem estar, o personal care e a qualidade de vida, os Y já se cuidam, investem em si: na expressão, no estilo e na marca pessoal muito antes.

Depois do X, veio o Y e agora vem o Z. Depois de 2001, vieram os millennials e daqui a pouco vem um novo nome pra definir a próxima geração que está sendo planejada para os próximos anos. Bem vindo ao mundo das letras e expressões geracionais!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Evento paralelo a SPFW

Entrevista com Paulo Borges

A três dias da maior semana de moda da América Latina, a São Paulo Fashion Week, Glamurama foi conversar com quem mais entende do assunto: Paulo Borges. O criador e diretor do calendário oficial da moda brasileira, que também pilota o Fashion Rio, fala sobre a escolha do tema desta edição de verão 2011 e sobre a rotina enlouquecida de trabalho. Paulo também conta como é o dia a dia com o filho Henrique, de 4 anos.



* Qual é o tema desta edição da SPFW? Sempre há uma enorme expectativa em relação a isso. Com quanto tempo de antecedência você começa a pensar nesta parte?



"ANIMA - De animação, daquilo que vem de dentro dos brasileiros, da alma, do coletivo, daquilo que nos empurra sempre pra frente. Pensamos num tema, às vezes, com mais de um ano de antecedência, e depois vamos lapidando, como foi neste caso".



* Como é a rotina no período que antecede o Fashion Rio e a SPFW?

Nos 40 dias que antecedem as semanas de moda, minha rotina se acentua muito, em número de reuniões, em número de e-mails para responder, telefonemas a fazer, enfim, fica uma verdadeira loucura! Mas é assim mesmo que tem de ser, certo? Acordo sempre muito cedo e durmo sempre muito tarde, mas não tenho o hábito de sair para baladas mais. Fico em casa, assistindo a um documentário, programa de jornalismo, lendo um livro ou uma revista. Até mesmo respondendo a entrevistas ou e-mails que ficaram pendentes".


* E durante os eventos? Como é a rotina? Dá tempo de se dedicar ao Henrique?

"Por incrível que pareça, nos eventos minha rotina fica muito melhor, porque chegou a hora de todos os outros trabalharem e eu fico muito mais na retaguarda, assistindo, a postos e à disposição dos estilistas para o que eles precisarem, mas num ritmo muito mais normal. O Henrique é prioridade. Mesmo estando à distância, eu controlo todos os passos dele, o que ele fez no dia, o que ele comeu, como dormiu etc. Sempre o levo aos eventos comigo, claro que num período específico e não o dia todo".


* Há algum interesse em dividir as semanas de moda entre verão e inverno? Deixando as coleções de verão para a cidade do Rio de Janeiro e as de inverno para São Paulo?

"De forma alguma. Isso já saiu na imprensa algumas vezes, mas muito mais como uma especulação de algumas pessoas do que como uma declaração ou pensamento nosso".


* Depois de tantos anos, muita coisa mudou, a moda brasileira evoluiu. Agora, em 2010, nossa visibilidade cresceu, mas da maneira correta? Você acredita que o resultado de tanto trabalho, de fato, está surtindo efeito?


"É sempre bom lembrar que este nosso projeto de moda é de 30 anos. Estamos ainda na metade do caminho. Acredito, sim, que estamos no caminho certo. Uma construção se faz olhando ao longo, e temos de ter a paciência necessária para ver o todo e não em partes".


* Ana Salazar, Adriana Degreas, João Pimenta e Fernanda Yamamoto são os quatro novos nomes nas passarelas da SPFW. Como funciona o processo de seleção dessas novas marcas?

"As grifes fazem uma solicitação e nós avaliamos o processo, conteúdo, estratégia da marca, distribuição etc. Assim, de forma simples".

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Isabela Capeto encerra Fashion Rio

Depois de anos de desfiles no São Paulo Fashion Week e intervalos para apresentações no ateliê (de São Paulo e do Rio), Isabela Capeto volta ao Fashion Rio para encerrar a edição do Verão 2011, que aconteceu na noite desta terça (1/6).



Coleção de Isabela Capeto investiu nas cores fortes e babados

A atriz Leandra Leal, sentada na primeira fila, representava bem um filão de clientes da estilista, que opta por uma moda alternativa às grandes tendências, com foco num espírito artesanal e decorativo. O clima "hippie chique" ou "boho" (mais ou menos a mesma coisa, com outra palavra) também é característico da marca, que nesta estação, não fugiu de seu DNA.

Para o próximo verão, portanto, Isabela Capeto investiu no enfeite. A modelagem, variada, trazia em geral vestidos mais próximos do corpo, com cintura marcada mas não apertada, muitos babados em grandes camadas em alguns vestidos (estes mais soltos no corpo) ou em detalhes em outros. Franjas também apareceram em algumas peças, como na barra da camiseta usada com o único jeans da coleção, manchado em azul nem escuro nem claro. Bordados de florzinhas amarelas enfeitavam vestidos em tule bege acinzentado, como o longo com barra embabadada.

Na cartela de cores, turquesa, amarelo com cru, azul com amarelo, laranja. A referência da coleção, um tom específico de azul, pôde ser vista, menos em termos literais e mais na interpretação ao que a cor remete para a estilista.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Acquastudio faz desfile experimental



A estilista Esther Bauman apresentou uma coleção altamente conceitual para o Verão 2011 da Acquastudio. As peças vestirão mulheres mais estilosas e ousadas, pois são fruto de um interessante trabalho de experimentação. A inspiração futurista é marcante e criou vestidos de festa diferentes do que a marca propunha anteriormente – que eram mais clássicos e sutis, como explica Carolina Vasone , no site Uol.

Do desfile, a Elle explica que “os vestidos com flores de tule aplicadas em toda a parte frontal, assim como os vestidos-nuvem, verdadeiras dobraduras estilo origami, de cores cítricas (pink, limão), são de fato uma ousadia fashion para poucas”.