terça-feira, 27 de julho de 2010

Aprenda a usar cachecol de diferentes maneiras neste inverno

Homens usando cachecol começaram a ser mais notados aqui no Brasil há pelo menos duas estações. Muito usado na Europa, tanto no inverno, quanto no verão, o acessório pode conferir um ar elegante e tradicional ou mais moderno. Hora H desta semana dá dicas de como combinar esta peça e ensina as diferentes formas de enrolá-lo.

A palavra cachecol é de origem francesa: "cacher" significa esconder ou ocultar; e "col", colo ou pescoço. Segundo a história, ele surgiu em Roma no século I a.C. Nos dias mais quentes, os soldados romanos usavam, com o intuito de se refrescar, um pano molhado chamado "focale", que ficava amarrado ao pescoço.

Para os que ainda acham que cachecol é uma peça feminina, saibam que até o século 19 ele só foi usado por homens. Então, vale deixar o preconceito de lado e começar a usá-lo para variar um pouco seu guarda-roupa.
O cachecol é um acessório de inverno feito de tecidos mais encorpados como lã ou tricô, estreito e longo, com ou sem franjas nas pontas. As versões em tecidos mais leves, como algodão e seda, são conhecidos por echarpes e são boas opções para o verão ou para quando não estiver muito frio.

Os homens mais formais podem optar por um cachecol liso, de cores sóbrias, com ou sem franjas. Para calcular o comprimento ideal da peça, para quem tem menos de 1,70m, coloque-o sobre o pescoço: as pontas têm de ficar um pouco para cima da cintura. Para os mais altos, estão liberados os modelos mais longos.

Existem várias formas de enrolar um cachecol, desde as mais simples, colocados apenas sobre os ombros com as pontas caídas ao longo do corpo, até maneiras um pouco mais complexas, com diferentes tipos de nós.
O que define na hora de escolher a amarração é o tipo de pescoço. Homens de pescoço curto devem optar por modelos mais estreitos e evitar os de tecidos muito grossos, dando voltas sobre o ombro.

Os mais jovens podem escolher entre modelos maiores e mais coloridos, principalmente os listrados e xadrezes, que estão em alta neste inverno. Em visuais casuais, os cachecóis podem ser combinados com jeans e camisetas de manga longa ou sobreposição de camiseta de manga curta sobre camiseta de manga longa; jeans e casaco, jaqueta de couro, pulôver, jeans e blazer, entre outras possibilidades.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

'Graças a jogadores de futebol, homens mudaram o jeito de ver a moda', diz estilista da Dolce & Gabbana

Muito do que se fantasia hoje sobre o estilo italiano vem de raízes bem precisas. Como nas grifes mais famosas da Itália, o segredo da moda está em sobrenomes de peso. Dolce e Gabbana, dos italianos Domenico, 51 e Stefano, 48, estão no primeiríssimo time da moda internacional. Os dois estilistas são responsáveis por criar um aspecto contemporâneo do “italian way” de ser: inspiração na doce vida, no bem estar, no aproveitar momentos de glamour, na atenção à qualidade em cada detalhe, no luxo que não tem vergonha de assumir seu preço e beleza.


Os estilistas Stefano Gabbana e Domenico Dolce

FOTOS: VEJA MOMENTOS DA CARREIRA DA DUPLA DOLCE & GABBANA
O estilo italiano da Dolce & Gabbana virou um ícone do empresário-e-buon-vivant. Jovens usam calças bem cortadas, camisas estreitas, bermudas de alfaiataria e looks mais coloridos (muito branco, azul) e ganham ar de homem sofisticado (e rico). O homem da marca é ativo, que se cuida, faz esporte, gosta de viajar e não tem problemas em investir (muito) para se vestir, comer bem e circular em rotas jet-setters.

A dupla de estilistas celebrou, na última semana de moda masculina de Milão, os 20 anos da coleção Homem da Dolce & Gabbana. Foi em 1990 que apresentaram o primeiro desfile em Nova York e abriram um show room na cidade.

A comemoração do aniversário pontuou uma série de eventos para um público selecionadíssimo em Milão, como a festa no Palazzo Marino, com show da cantora Annie Lennox e presença de celebridades que usam a marca, como a atriz Monica Bellucci e a modelo Eva Herzigova. Paralelamente, a dupla também celebra a força da segunda marca, a D&G. Mais acessível comercialmente e um espaço para experimentações mais datadas dos estilistas, a D&G é símbolo de desejo dos jovens italianos, que têm acesso à marca pelo caminho mais pop.


Modelos provam óculos em backstage do desfile masculino da D&G, em junho deste ano, em Milão

A dupla Domenico Dolce e Stefano Gabbana concedeu entrevista exclusiva ao UOL Estilo, em Milão. Na coversa, falaram da moda na Itália, do aniversário da marca e de futebol.


UOL Estilo: O mito do estilo italiano existe há muitos anos. Como vocês definiriam, na contemporaneidade, esse estilo?
Domenico Dolce: O adjetivo “italiano” hoje já passa a mensagem imediatamente. O estilo italiano é considerado, desde sempre, um sinônimo de elegância autêntica, de tradição na alfaiataria, sensualidade nos cortes e nas formas, de um leve requinte.
Stefano Gabbana: E pesquisa de matéria-prima de qualidade superior, mas não só isso. O estilo italiano não é só um método de se vestir e costurar, é um estilo de vida que deseja coisas belas. É ter o prazer de conceder, a nós mesmos, coisas que amamos.

O que significa para vocês fazer parte do sistema “Made in Italy” (Fabricado na Itália, em inglês)? Já chegaram a escolher um modo mais globalizado de trabalhar, produzindo em outros países?
SG: Antes de tudo, fazer parte do “Made in Italy” é um motivo de orgulho. Produzir na Itália significa buscar uma qualidade elevada, garantia de um produto feito como se deve e com alto nível de artesanato.
DD: Para nós, a globalização de hoje não deve tirar nada, só adicionar. Se decidimos produzir algumas peças fora daqui é porque descobrimos, por exemplo, algum pequeno fornecedor no exterior que é capaz de nos garantir a mesma qualidade.

Por que vocês escolheram o quadro impressionista “Almoço na Relva” de Édouard Manet como uma inspiração para a última coleção masculina da D&G? Uma vontade de voltar à natureza?
SG: Sim, mas não é só isso. Tínhamos vontade de recuperar a sensação daqueles dias despretensiosos, sem muita coisa na cabeça, que normalmente se passa no meio da natureza com os próprios amigos. Aquela felicidade relaxada que você só sente quando está entre as pessoas e as coisas que ama de verdade. O quadro de Manet nos dava exatamente essa sensação.

A colaboração de vocês com o mundo do esporte é frequente, principalmente com o futebol. Por que é importante para vocês ter essa ligação?
DD: Porque acreditamos que os esportistas são os novos ícones de estilo hoje. É principalmente graças aos esportistas e, em especial, aos jogadores de futebol, que os homens mudaram o jeito de ver a moda. Com o nosso livro “Cálcio” [“Futebol”, publicado em 2004], mostramos uma visão do que é considerado atlético, de como é um homem que cuida de si e da própria imagem.
SG: Falamos de homens que entenderam que, na sociedade de hoje, para vencer, é importante também ter uma imagem vencedora.

O momento de agora é muito significativo para vocês: a marca D&G, a cada desfile, ganha uma identidade mais forte. Paralelamente, há a celebração dos 20 anos de Dolce & Gabbana masculino. O que representa para viver essas duas estradas que fazem parte de uma mesma realidade?
SG: É realmente um momento muito importante para nós, que vivemos essa fase como uma meta, mas também como um novo começo.
DD: As marcas Dolce & Gabbana e D&G, mesmo tendo duas imagens e duas linguagens diferentes e tendo seguido percursos diferentes, são para nós duas faces da mesma moeda, que crescem e se envolvem com nossas vidas. Definimos as coleções Dolce & Gabbana como expressão de um sonho, da alfaiataria em um nível máximo, um novo conceito de luxo. Já a D&G representa uma forte ligação com tudo o que acontece no agora, tem um espírito mais anticonformista, que não segue regras pré-definidas.
SG: É muito interessante ver que, nesses anos, a D&G evoluiu tanto. Mostra exatamente o que queríamos no início. As coleções representam sempre o modo como nos sentimos em um determinado momento, as sensações que experimentamos e as influências que recebemos de fora.

Première Vision expõe tendências para o Inverno 2011

A importante feira de negócios Première Vision, com sede em Paris, realiza sua segunda edição brasileira nesta quarta (21) e quinta-feira, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.


A estilista Gloria Coelho irá pela primeira vez à Première Brasil, em São Paulo

Na feira, serão apresentadas as tendências e os lançamentos em tecidos, fios, fibras e acessórios para o Inverno 2011. Assim como ocorre em Paris, o salão estará dividido em cinco temas, chamados de universos, que reúnem todos os expositores de uma mesma área, como desenho têxtil, aviamentos, jeans e moda urbana.

Apesar de estar em sua segunda edição, esta Première Brasil será a primeira para importantes estilistas da moda nacional. Ana Magalhães, da Maria Bonita Extra, Gloria Coelho e Sara Kawasaki, da Huis Clos, agendaram sua visita para quarta-feira. Gloria e Sara reclamaram da data escolhida para a estreia da feira no país, em janeiro deste ano. “Caiu numa época errada, de desfiles”, disse Gloria Coelho, lembrando que o calendário evento foi coincidente com a programação do São Paulo Fashion Week.

As criadoras são frequentadoras assíduas da feira original, realizada também duas vezes por ano, em fevereiro e setembro, e se mostraram ansiosas pela Première Brasil. “A expectativa é grande. Já vi os lançamentos de alguns fornecedores, mas outros estão guardando as novidades para a feira”, disse Ana, que visita a Première Vision há 15 anos e credita entre 15% e 20% de suas compras para cada nova coleção da Maria Bonita Extra a expositores em Paris. Já Gloria Coelho está interessada em ver a competitividade de preços. “É o que vale”, disse.

O trio de estilistas, no entanto, ainda não vê sua visita à edição brasileira como uma substituta para a parisiense. “O tamanho da feira aqui no Brasil é muito pequeno em relação à de Paris. Lá, a gente fica nervoso de tanta coisa que tem”, disse Gloria Coelho, que há 30 anos garimpa novidades na Première Vision.

A listra de participantes da Première Brasil soma 88 empresas (30% a mais em relação à primeira edição), entre expositores do Brasil, Alemanha, Áustria, Bulgária, França, Inglaterra, Itália, Japão, Turquia e Uruguai. Para a próxima Première Vision, em Paris, estão confirmados 684 expositores, de 30 países.

Segundo Sara Kawasaki, que não perde uma ediçãos da Première Vision há seis temporadas, o Brasil ainda é muito carente em tecnologia aliada a tecidos. “Se a feira aqui juntar mais tecelagens e de vários países, talvez um dia não precise ir à de Paris”, disse ela.

PREMIÈRE BRASIL
Quando: 21 e 22/7, 10h às 19h
Onde: Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro, São Paulo
Quanto: entrada gratuita para profissionais do setor (previamente inscritos)
Informações: www.premierebrasil.biz

terça-feira, 13 de julho de 2010

Novo CEO para os próximos 15 anos da Luminosidade



Denise Basso, Paulo Borges e Gustavo

A partir desta semana, a Luminosidade, empresa que comanda a SPFW, o Fashion Rio, o Rio Summer, a revista "MAG!" e o portal "FFW", tem novo CEO. Sai Paulo Borges e entra Gustavo Bernhoeft, que está na empresa desde 2004. Paulo Borges, no entanto, não deixa as atividades totalmente. A partir de agora, ele passa a integrar o Conselho de Administração e a responder pela diretoria-criativa da Luminosidade, além da presidência do InMod - Instituto Nacional de Moda e Design.

* No próximo ciclo de 15 anos, Gustavo é quem vai comandar todos os projetos internos, tendo Denise Basso, ex-sócia da Luminosidade, como diretora de operações. As mudanças, segundo Paulo, "visam dar uma nova estrutura para a Luminosidade, complementando um processo que teve início nos últimos anos", seguindo os planos de reestruturação desde que a empresa foi comprada.

* Animado com a nova gestão, Gustavo pretende levar a Luminosidade a uma nova etapa de desenvolvimento, tendo como exemplo as conquistas de Paulo, considerado por muitos, o responsável pela consolidação da moda brasileira. Glamurama deseja boa sorte.

Alta costura Inverno 2011 - Dior






Exuberante é o melhor adjetivo para definir o desfile de alta-costura da grife Dior. Assinada por John Galliano, a coleção teve a natureza como inspiração e foi apresentada no primeiro dia da semana Couture de Paris. Depois de estudar flores reais, o estilista transformou as modelos em “mulheres-flores”, que desfilaram em um jardim multi-colorido. As cores passaram em tons pastel, como rosa e azul claros, mas também marcaram presentes os tons escuros, a exemplo do vestido preto abaixo. O papel celofane que cobria o rosto das modelos também remontava às flores, assim como as sais que lembravam pétalas e flores desabrochando.

Francal 2010




Encerrada no dia 8 de julho, a FRANCAL 2010 – 42ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios recebeu a visita de 53 mil profissionais nos quatro dias de realização. Deste total, 27.327, mais da metade dos visitantes, foram compradores nacionais e internacionais – público prioritário dos mais de mil expositores que participaram da feira. Com mais essa edição, a FRANCAL comprova sua importância para incrementar os negócios da indústria coureiro-calçadista, já que apresenta as coleções da estação mais vendedora do setor, a primavera/verão, responsável por até oito meses de vendas no varejo.

O grande número de lojistas e importadores observado é resultado de um processo contínuo de qualificação do mailing de visitantes, intensificado nos últimos dois anos. Mais compradores no pavilhão representam mais oportunidades de negócios para as empresas expositoras. Historicamente, os negócios gerados na feira e nas semanas seguintes respondem por três a quatro meses de produção para os expositores. Nessa edição, chamou atenção o alto volume de vendas fechadas ainda dentro do pavilhão.

Para Abdala Jamil Abdala, presidente da FRANCAL, o que fica ao final de mais uma edição é a satisfação de cumprir o dever de gerar oportunidades de negócios para as empresas expositoras. Na avaliação do executivo, o grande responsável pelo sucesso da feira foi o produto brasileiro. “Os lançamentos atenderam as expectativas do mercado em termos de qualidade e design. Se o lojista encontra o produto certo para seu público, ele vai comprar, pois também ele precisa renovar sua vitrine para a próxima estação. Foi isso que vimos nos quatro dias da feira”. “O calçado nacional, hoje, está totalmente alinhado com as principais tendências internacionais da moda sem perder suas características genuinamente brasileiras”.

Anja Gockel Verão 2011

Ana Gockel apresenta coleção para o Verão 2011 durante a semana de moda de Berlim

Boutique ou Cabaré ???



Foi no cabaré parisiense Crazy Horse, que vi - pela primeira vez - dançarinas nuas vestidas apenas por efeitos de luz(corpos salpicados de poás coloridos, por exemplo). Nunca mais fui até lá, até porque esse tipo de cabaré virou programa de turista. Mas lembro bem, talvez porque fossem apenas os anos 70 e quase tudo para mim ainda era "primeira vez", saí fas-ci-na-da. Mas - demorei para aprender - nunca diga nunca mais. Tanto que, bem agora, em pleno século, XXI, vou voltar ... Why?? Quero muito ver a coleção de objetos very sexy, Crazy Horse by Arty Dandy que - uiuiui! - vai aparecer next september, na butique que vai existir no próprio cabaré.

Uma boutiquinha-galeria (mix de arte contemporânea, design, moda) que descobri bem no coração de Saint Germain. Uma graça! Uma perdição! São só objetos exclusivos (ou quase) criados só por gente de talento (alguns emergentes, outros já reconhecidos), resultado de uma seleção extremamente sofisticada. Você vai ficar louca quando for lá. Claro, é um pouco fora de mão. Fica na esquina da Rue Jacob com a Rue de Furstemberg. Mas é endereço secreto, viu?

Por Regina Guerreiro