quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Grupo vertigem encena nas alturas

Eles surgem na vidraça. O limpador de vidros, uma atendente de telemarketing, um motoboy.

Os atores que se revezam do lado de fora do terceiro andar de um prédio na avenida Paulista.

Mais do que dos atores, a peça depende dos engenheiros. A gente está a quatro andares acima do local onde o espetáculo acontece. Uma engenhoca chumbada no chão, presa com cabos de aço, que sustenta os balancins enquanto os atores estão pendurados lá embaixo.

Eles pedem ajuda lá de cima. “A gente reza muito. O tempo todo”, afirmou o ator Marçal Costa.

“As pessoas falam que é melhor não olhar. Eu olho para ver: será que se eu cair daqui ainda tem algum jeito”, disse o ator Roberto Áudio.

O Teatro da Vertigem costuma trocar o palco por lugares incomuns. Eles já se apresentaram em um presídio, num hospital e até em um barco em movimento no rio Tietê. Na montagem atual, os espectadores ficam no escuro enquanto os atores discutem as relações de trabalho, as hierarquias e até que ponto as pessoas chegam para alcançar o que querem.

Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista - av. Paulista, 119, Bela Vista, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3179-3700. 80 lugares. Estreia. 4/2. Qui. a dom.: 21h. Até 14/3. Ingr.: R$ 5 a R$ 20. Estac. (R$ 7 por quatro horas mais hora adicional, na r. Leôncio de Carvalho, 98 - convênio). Em caso de chuva, não haverá espetáculo.

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